quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Texto: O que é mesmo indisciplina? E alguns questionamentos...

A indisciplina é conceituada por SILVA (2010) como qualquer ação que não está de acordo com as regras impostas ou criadas pela coletividade. O sujeito que executa a indisciplina pode ou não ter consciência da transgressão da(s) lei(s).
Ainda de acordo com SILVA, há um dado que merece ser refletido: pesquisas recentes indicam que, na maioria dos casos, o aluno indisciplinado é justamente aquele que possui maior inteligência, curiosidade e esperteza. Desse modo, parece contraditório esses mesmos alunos serem encaminhados pelos seus respectivos professores a psicólogos, tratamentos neurológicos e tantos outros cuidados médicos.
E o mais preocupante, parece que há um aumento cada vez maior de diagnósticos desse tipo e de uma quase generalização de que toda criança indisciplinada é hiperativa. Nem sempre a indisciplina está diretamente associada a patologias. E para um maior aprofundamento nesse tema, indicamos a leitura do artigo “Fracasso escolar e a patologização da alfabetização” que questiona exatamente esse crescimento no número de diagnósticos de doenças nas crianças ou se são apenas esquecidas pelo alfabetizador...
Noutro caminho, mas em continuação à nossa proposta inicial, toda ação de indisciplina sempre envolve uma ação violenta “pois, ao agir de maneira indisciplinada, sempre se estará violentando algo, seja ele legítimo ou não. Entretanto, nem toda ação violenta pode ser compreendida como de indisciplina”. (SILVA, 2010, p.61).
Assim, ainda de acordo com o referido autor, podemos concluir que:
·         A indisciplina é sempre indisciplina, seja ela uma transgressão às regras impostas ou elaboradas pela coletividade;
·         Nem sempre o ato violento é indisciplina;
·         Em alguns casos, a indisciplina é ética, como por exemplo, quando um comandante manda um militar matar pessoas, o soldado está cometendo uma atitude ética, apesar de imoral;
·         A violência é antiética mesmo quando é moral.
São apresentadas algumas soluções para tratar esse problema, todavia, evidentemente, não é nenhum método rápido e fácil, mas sim desafiador e sugestivo aos educadores. Essas dicas serão disponibilizadas nos próximos textos, fiquem de olho!

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