Fonte: sandrarandrade7.blogspot.com
Violência X agressividade no âmbito
escolar
Atualmente
notamos que as mídias denunciam insistentemente sobre atos de violência nas
escolas, ora violência contra professores, ora violência entre alunos, que
cometem infrações que se caracterizam por agressões verbais, físicas,
pichações, bullings etc.
Podemos
citar, ainda, um exemplo do caso que aconteceu no Rio de Janeiro, em que um
indivíduo entrou em uma comunidade escolar e matou treze alunos a fim de
justificar uma crença inexplicável, segundo documento deixado pelo mesmo e
divulgado. Perante essa situação assustadora, as pesquisas sobre a violência na
escola procuram denominações e conceitos que explicam o bullying, ou ainda, a agressão desmedida que nos leva a perceber
que os alunos estão cada vez mais “violentos” nas escolas, sendo levados por
diversos fatores, dentre eles, na maioria das vezes, devido à falta de
conscientização no próprio âmbito familiar.
Considerando
que a violência dos alunos dentro e fora das escolas, é um reflexo do que vivem
no dia a dia, na rua, dentro de casa, onde se pode constatar que muitos casos
de agressão na escola se originam da violência doméstica, ou seja, violência de
pais para com os filhos, e até mesmo entre os próprios pais, haja vista que eles
servem de espelho, pois têm uma grande parcela na educação de seus filhos, é
com ela que as crianças convivem e aprendem. No entanto, muitas vezes esse
processo não se dá de forma correta, e os educandos acabam repetindo as mesmas
frustrações e opressões que sofreram em casa com os colegas em sala de aula, e com
professores.
Evidenciamos
a violência como uso arbitrário da força sobre outrem, como imposição da força
de um sobre o outro, seja ela com o uso
de qualquer instrumento de poder, pela força física, coação psicológica ou
qualquer outro tipo de submissão que produza desigualdade, inferioridade e/ou
impotência. Sendo assim, a partir de uma visão psicanalítica, podemos abordar a
violência inter-relacionando com a agressividade.
Freud
(1925,1998), postulou a presença de duas forças básicas, a pulsão da vida e da
morte. Podemos entender a primeira
relacionando-a com a sexualidade na acepção psicanalítica, ou seja, é uma força
que se expressa como atração pelo outro, com intuito de abolir a separação
entre pessoas e, sobretudo, pela vivência da presença do Outro como algo
prazeroso. Ao lado da pulsão de vida, Freud postulou também, como algo
inalienável do indivíduo, a existência da pulsão de morte ligado ao seu
derivativo mais comum, a agressividade. Ao contrário da pulsão de vida, tem
essencialmente como objetivo a
desintegração, a disjunção, a fragmentação e a desunião, que abrange desde a
mais leve ofensa até a extrema e total destruição da coisa visada. Em outras
palavras, essas duas forças opostas constituem a base psíquica, atuando em
sentidos contrários.
Apesar
de soar como algo estranho, a agressividade é um recurso precioso do ser
humano, seja para atacar ou se defender. Portanto, agressividade não é sinônimo
de violência, embora, possa gerar a violência. Às vezes um indivíduo é
agressivo porque precisa de atrevimento para executar uma ação qualquer. Um
exemplo básico seria um garoto que sofre bullying
o tempo todo na escola por qualquer razão que seja, em um determinado momento
ele poderá se tornar agressivo e, por razões óbvias, poderá ser agressivo em
suas ações de resposta, porém, necessariamente não será um aluno violento, que
causará danos ao patrimônio e nem dano físico ao próximo que divide o ambiente
escolar com ele.
Dessa
forma, vários são os tipos de agressividade, desde a agressividade contra o
patrimônio da escola (carteiras, janelas, lousas, paredes, aparelhos
eletrônicos etc), bem como violência doméstica social, psicológica, até mesmo
violência física, propriamente dita. Ademais, a agressividade pode ser
compreendida como uma forma de o indivíduo se defender, mas que no entanto
precisa ser orientado pelos pais desde os primeiros anos para não ser algo que
venha a trazer efeitos negativos para o seu desenvolvimento.
Referências
A violência e agressividade na escola. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd159/a-violencia-e-agressividade-na-escola.htm,
acessado em: 23/02/2013, às 08h25min.
Freud (1925,1998).
Nenhum comentário:
Postar um comentário